Minha resposta a um colega que queria saber minha opinião sobre o recente decreto de música. Compartilho com todos que queiram também saber como penso a respeito:
Caríssimo colega Iramar Rodrigues, acho que são outros caminhos que não fazem parte de como eu penso educação musical para a escola pública. Não penso em "musicalzar", nem em fazer orquestras, ou qualquer coisa que venha de cima para baixo, nem mesmo a flauta doce ou o velho e batido canto orfeônico. Penso que educar musicalmente seja compartilhar experiências com base e a partir do que as próprias pessoas já fazem. Educar musicalmente para mim, é fazer com que elas descubram como elas já são musicais em suas próprias experiências musicais do dia a dia e que elas passem a ter conciência de tais experiências, que possam se expressar, compreender, criar e adentrar outras expresssões musicais, as quais deseje a partir de sua vontade e liberdade de escolha. Acho que isso só pode acontecer apartir de uma visão educativa mais ampla e libertária, que pretenda o exercício dessa mesma liberdade e autonomia. Música com todos e para todos a partir de cada um. Músicas, no plural. Não uma música, não uma expresssão. Exercício de musicalidades diversas, de identidades musicais, de gente de verdade que faz música no seu cotidiano, que são expresssões autênticas e válidade de serem compartilhadas e vivenciadas por outros. Expressões da nossa musicalidade que se abram para outras musicalidades. Acho, Iramar, que existe espaço para tudo e ´para todos, contanto que haja também o respeito para a vivência dessa diversidade. Obrigada por perguntar minha opinião meu amigo, meus respeitos à você. Sinceramente: não é um decreto que muda a cabeça nem as práticas engessadas e engessantes das pessoas e do mundo escolarizado. Abraços brasilienses!
Caríssimo colega Iramar Rodrigues, acho que são outros caminhos que não fazem parte de como eu penso educação musical para a escola pública. Não penso em "musicalzar", nem em fazer orquestras, ou qualquer coisa que venha de cima para baixo, nem mesmo a flauta doce ou o velho e batido canto orfeônico. Penso que educar musicalmente seja compartilhar experiências com base e a partir do que as próprias pessoas já fazem. Educar musicalmente para mim, é fazer com que elas descubram como elas já são musicais em suas próprias experiências musicais do dia a dia e que elas passem a ter conciência de tais experiências, que possam se expressar, compreender, criar e adentrar outras expresssões musicais, as quais deseje a partir de sua vontade e liberdade de escolha. Acho que isso só pode acontecer apartir de uma visão educativa mais ampla e libertária, que pretenda o exercício dessa mesma liberdade e autonomia. Música com todos e para todos a partir de cada um. Músicas, no plural. Não uma música, não uma expresssão. Exercício de musicalidades diversas, de identidades musicais, de gente de verdade que faz música no seu cotidiano, que são expresssões autênticas e válidade de serem compartilhadas e vivenciadas por outros. Expressões da nossa musicalidade que se abram para outras musicalidades. Acho, Iramar, que existe espaço para tudo e ´para todos, contanto que haja também o respeito para a vivência dessa diversidade. Obrigada por perguntar minha opinião meu amigo, meus respeitos à você. Sinceramente: não é um decreto que muda a cabeça nem as práticas engessadas e engessantes das pessoas e do mundo escolarizado. Abraços brasilienses!
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