quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Como já dizia Vigotski.



Em nosso dia a dia, tudo o que aprendemos é aquilo que buscamos verdadeiramente. Já dizia o sábio Russso, criador da psicologia histórico-cultural, Lev Semionovich Vigotski em seu livro "Criação e imaginação na infância" (traduzido diretamente do idioma russo para o português por Zoia Prestes no Brasil pela editora àtica em 2009), que a nossa imaginação e a nossa criação, funções vitais para que o ser humano possa adaptar-se a cada novo dia que nasce, desenvolvem-se por meio das experiências que cada pessoa tem a oportunidade de vivenciar.
Tais experiências não são de domínio único e exlusivo da escola. Aliás, as experiências que mais fazem sentido para nós. estão em geral fora dessa isntituição. Por que? Será que a escola artificializou a vida por demais? Por que ainda existem muros que separam a escola da vida? Por que a atividade reprodutora, e não a atividade criadora tem maior peso nesse contexto?
As atividades musicais nas escolas devem emergir da própria vida, do que os alunos já vivenciam fora dela. O professor não é a única e inesgotável fonte de conhecimento. É preciso compartilhar experiências se queremos continuar, com qualidade de vida, no seio dessa instituição.
Patrícia Pederiva

3 comentários:

  1. É isso mesmo! Se o professor trouxe um conhecimento descontextualizado e sem nenhum significado para a criança, como ela pode apreendê-lo, se a maior parte da sua identidade foi construída fora dessa instituição? Penso que esses espaços educativos foram feitos apenas para organizar o conhecimento que vem de fora; cabe ao professor atuar dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal do mundo da criança e de outros mundos e colocá-los frente a frente, criar possibilidades, dúvidas, respostas, buscas, vontades, aprendizagens, desenvolvimento. Buscar e construir novos mundos!

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  2. Acabei de ler o trecho em que Rubem Alves fala da beleza musical, em que primeiro deve-se contemplar a beleza da música, para depois a criança questionar sobre como ela é feita, aí sim se inicia com a teoria das partituras, a partir do interesse da criança. Essa semana na escola em que eu trabalho, ontem, as crianças aprenderam sobre o significado de semínima, semibreve,... Meus alunos tem apenas quatro anos, será mesmo ideal iniciar o estudo de teoria musical? Percebo também que o vivenciado por elas fora da sala de aula não é explorado, as aulas deveriam ser baseadas na experiência musical das crianças, o que quase não é feito.
    Ana Cláudia Nunes

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  3. Muitas escolas ainda se preocupam em repassar o conhecimento para os alunos sem, no entanto, levar em consideração aquilo que elas já conhecem, ou seja, suas experiências. Antes mesmo de entrar nas escolas, as crianças já possuem algum tipo de conhecimento, que varia de acordo com o mundo onde vive. É importante que o professor leve em consideração o "histórico" de seus alunos, para que assim, possa dar aulas que realmente despertem o interesse da criança, despertem a sua imaginação. Numa aula de música, por exemplo, é importante que o professor conduza a aula, de forma a compartilhar as experiências e gostos musicais de seus alunos. E não se preocupar em ensina apenas aquilo que a escola acredita ser importante.
    Fernanda Ikawa

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